sábado, 26 de maio de 2012

Sobrevivendo a adolescência - Parte II (o que vem depois)


Começo esse texto dizendo que eu, com meus 17 pouquíssimos anos de idade, me considero uma garotinha, uma frágil e tola garotinha. A "filhinha do papai" melhor dizendo. E amo isso. Amo não ter tanta responsabilidade, amo dar orgulho aos meus pais, amo sair de casa com hora pra voltar, e amo ter aquela conversinha de "pai/pra filha" depois da pirraça. Claro, um dia eu já odiei tudo isso. Já bati o pé e chorei de soluçar, já voltei pra casa depois do horário combinado, e já tirei muita nota baixa pro desgosto dos meus pais. Mas hoje em dia, vez ou outra me deparo com convites no facebook de meninas que fizeram parte de minha infância e também do inicio de minha adolescência. Meninas que não tinham hora pra voltar pra casa, e que me faziam inveja no dia seguinte contando todos os detalhes da farra, meninas que enquanto eu tentava criar coragem pra dar meu primeiro selinho, já estavam no seu 4° ou 5° namorado. Hoje, quando as vejo, demoro um pouco pra lembrar, ou reconhece-las, já que alguns anos atrás elas eram tipo um modelo a ser seguido, de menina independente que curtia a vida nos seus poucos 12 pra 13 anos de idade, e agora são mães com casa, marido e filho pra cuidar. Enquanto eu cá, me descabelo toda de estudar pra passar no vestibular, elas estão lá procurando em que barzinho que toca mc leozinho está seu marido. Muitas sabem, ou acham que sabem o que é a vida, e muitas sofrem com essa vida. Algumas se envolveram com drogas, a maioria influenciada ou obrigada pelo companheiro. Já vi algumas até irem  presas. E definitivamente, agradeço aos meus pais pelos limites que me puseram e pelos castigos como lição. Me orgulho do que sou hoje, e do que eu sei que ainda vou ser, e a única coisa que posso sentir dessas pessoas, infelizmente, é pena, por não terem tido pais ou até mesmo uma mente limpa pra distinguir o certo do errado.


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