sábado, 10 de maio de 2014

Neurótica


- Esse relacionamento não vai dar certo.

- Pode me dizer ao menos o motivo?

- Certo, vamos lá:
Eu sempre gostei da sensação do início das coisas. A ansiedade que a gente sente antes de se acostumar com a rotina. Sempre detestei a parte da monotonia. Seja na escola, na faculdade, no trabalho ou num relacionamento. É entediante prever cada passo. É desesperador saber o que vai acontecer no início, meio e fim do nosso relacionamento. Não me entenda mal, já namorei outros caras bonitões. Mas uma hora essa carinha bonita já não causa o mesmo efeito, assim como a minha cara não me causa mais efeito e me faz pensar em mil cirurgias plásticas desnecessárias porque essa capa não é nada comparada a me olhar no espelho depois de acordar numa manhã com a mente tranquila ou orgulhosa com meus aprendizados e conquistas; Com o fato de evoluir e me tornar/buscar/ser uma pessoa melhor.  Mas esses caras – apenas – bonitões me ensinaram a prever futuros relacionamentos e me tornar também mais exigente.
 É o seguinte: você vai me encher de mimo, me chamar de benzinho e dizer que eu sou uma fofa. Talvez seja o tipo que diga eu te amo todo dia – o que eu também detesto -. Você vai me fazer gostar do seu beijo e do seu cuidado comigo. Vai me pedir em namoro, todo nervoso, alguns meses depois. Vai me fazer passar pelo momento constrangedor que é conhecer a sua família e te apresentar à minha (odeio esse momento). Vai me encontrar talvez todos os dias ou apenas em dias certos da semana como na sexta, no sábado e no domingo. Vai parar de sair com os amigos pra encher a cara e falar sobre futebol ou MMA. Ou talvez não pare. Talvez você seja daqueles que mente pra namorada dizendo que ta na casa da mãe, mas na verdade ta num barzinho com os amigos paquerando as meninas que passam. Nosso namoro  começa a virar rotina. Te vejo  toda sexta, todo sábado e todo domigo. Já sei os seus horários e o que vai fazer ou não durante a semana. Sei da vida de alguns de seus amigos e até de um primo seu que eu nunca vi. E a rotina começa a esfriar a relação. Não temos conversa. Você não quer assistir os mesmo filmes que eu, e ainda diz que legião urbana e barão vermelho não prestam. Eu vou começar a enjoar de te ver todo fim de semana e de ouvir sempre as mesmas histórias, e a maioria sobre outras pessoas. Vou começar a te negar sexo. E então um dos dois não vai mais suportar. E é o fim. 

- Nossa... poxa... Então...
- Mas se quiser tentar, por mim tudo bem.
- Não, vamos ser amigos!


Fulano de tal quer ser seu amigo
- aceitar...

“Oi, tudo bem? :D”
“Tudo tranquilo e com você?”
“Também! Desculpa te adicionar sem te conhecer, é que você é tão linda e ta solteira... puts! Não consigo entender! “

“Então, vamos lá.... 


quarta-feira, 12 de março de 2014

Vou beijar-te agora, não me leve à mal, hoje é carnaval



Noite de céu nublado, 
bêbados para todos os lados, esquerda, direita, frente, atrás..
- Mais um vinho por favor!
Os pés parecem flutuar sem sentir o duro do chão;
O corpo também parece flutuar, até a alma flutua.. 
Se esquece das mágoas e tropeços da vida. 
Os tortos caminhos se cruzam na multidão, 
e os corpos se achegam, se juntam como uma dança de vários pares na noite, na noite nublada. 
Cavalheiros são poucos, damas também. 
O povo criou coragem nesse dia e ao mesmo tempo vestiu uma máscara, 
uma máscara de ousadia. Te pegam na rua, tu pega na rua. 
Te beijam na calçada; Tu beijas na calçada também. 
Tu chega, não deixa pra lá. 
É a única chance, aproveita a coragem que há. 
E os caminhos continuam tortos, e são muitos os caminhos a se cruzar... 
e no meio de tantas possibilidades, 
no meio de infinitas improváveis situações 
eis que dois olhares se cruzam, eis que se observam em silêncio em meio a barulho. 
E a hora para, os bêbados são irreparáveis agora.
São só aqueles olhares. 
Olhares que se cruzam numa noite de carnaval. 
Olhares que não esperavam se encontrar, mas que gostam de surpresas e acha aquilo maravilhoso; 
Coisa de cinema. 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Eu não deveria escrever esse texto




 Há alguns anos atrás eu fiz esse blog cheio de sentimentalismo e "mimimi" "tô apaixonada" "tô sofrendo" e blá blá blá. O tempo passou e eu passei a sentir vergonha de tudo aquilo. Vergonha dos meus sentimentos e das minhas fugas para as colinas, ops! Para a escrita... 
 Você tem que ser difícil, não demonstrar interesse, não falar o que sente, etc e tal, é o que te dizem. 

Apaguei todo o meu passado vergonhoso. Com 18 anos não é legal ter uma imagem de adolescente que vive no mundo dos contos de fadas. Ora a procura de um príncipe, ora a sofrer com as bruxarias da vida. Adeus desabafos, adeus declarações, adeus indiretas, adeus gritos de dor. Adeus você, eu hoje vou pro lado de lá, eu tô levando tudo de mim que é pra não ter razão pra chorar... 
  
Queria não estar escrevendo isso, porque o verdadeiro motivo de estar o escrevendo é que eu voltei a querer desabafar, me declarar, soltar indiretas - e deixar o vento levar -, gritar a minha dor e nunca, mas nunca mais dizer adeus. 

Paixão é uma droga, te deixa num estado de abstinência e te leva a fazer coisas ridículas. Paixão não serve se sentida só. Entendam, é lindo ter as malditas borboletinhas fazendo festa no estômago, mas não é lindo ter borboletinhas fazendo festa no estômago quando o seu estômago é o único a ter as malditas borboletinhas. Vai, é fácil de entender!

Ninguém tem saco pra ver um bobão se acabando pelos cantos por causa de alguém. Eu não tenho. Mas é inevitável. Por mais que existam mil fórmulas, mil teorias e mil conselhos de como não se apaixonar pela pessoa errada, você se apaixona. 

Termino esse texto ridiculosíssimo dizendo que sinto enorme vergonha de tê-lo feito. 

quarta-feira, 24 de julho de 2013

A prima do interior


  Você, menina, provavelmente tem um irmão, um primo, um tio, ou até mesmo seu pai vale para esta questão. Hoje venho aqui fazer um desabafo sobre o peso que é – ainda nos dias de hoje – ser uma mulher.

Lembro-me de como meus olhos brilhavam quando eu entrava em uma seção de brinquedos de alguma loja, era algo inexplicável. Mas a plaquinha lá em cima logo cortava parte da minha euforia. O motivo? Os brinquedos dos “meninos” eram bem mais interessantes pra mim. Mas ora essa!  Eu aprendi com papai e mamãe que menina brinca de boneca e casinha e o resto é coisa de menino.  E ainda tinha aquela velha conversa de que menina não deveria brincar com menino porque as brincadeiras deles eram mais “pesadas”. Pois é, jogar bola de gude, rodar pião, fazer um gol, bater um carrinho no outro e imitar os Power Ranges, tudo isso era brincadeira da “pesada” e eu tinha que me conformar em fazer chazinho pra minha filha, ops, boneca que, certo dia, sem quê nem pra quê, resolvi enchê-la de pintinhas coloridas e disse que a mesma estava com catapora. Não que eu não gostasse de brincar de casinha e essas coisas que a maioria das meninas brincou na infância. Mas se resumir apenas a isso não era algo que eu pretendia.
  
Quando você convive com homens - além de seu pai - em casa, é que a coisa piora de verdade. Você escuta que tem que aprender desde cedo a fazer as tarefas de casa como lavar suas roupas, varrer a casa, lavar a louça, fazer comida e ser uma garota organizada, caso contrário, ninguém vai “te querer”. Mas lá está seu irmão, seu primo, seu tio, seu pai... Todos com mãos, braços e pernas, com a mesma condição que você tem para realizar qualquer tarefa doméstica. E o que custaria a eles ao menos dividir essas tarefas com você? Sua masculinidade. E não adianta você fazer bico ou bater o pé, vem sempre aquela história da prima do interior “ah, mas a sua prima do interior varre todo aquele quintal e ainda faz o almoço de casa, tudo isso desde os 9 anos”.  A prima do interior, me servindo sempre como exemplo... A prima do interior, que começou a aprender desde cedo que as únicas coisas que bastam pra ela é varrer a casa, fazer o almoço e arrumar um marido antes dos 18. A prima do interior que, muitas vezes, fora abusada, explorada ou até humilhada. A prima do interior, que amadurece rápido e ao mesmo tempo se prende à ignorância da sociedade. A prima do interior, que passa a semana esperando seu marido chegar em casa, quase sempre com aquele cheiro forte de bebida, rezando para que durma antes de querer alguma coisa.  A prima do interior, que não tem sonhos, que não pode fazer planos. A – pobre – prima do interior que tanto querem que sejamos.

 Mas, para minha/nossa felicidade, existem as exceções, digo, homens e mulheres que não vivem à sombra da “prima do interior”. Homens seguros que sabem que sua masculinidade não será colocada a risco se tomarem certa posição na sociedade. Mulheres, que ao invés de se conformarem, mostram que têm voz e gritam!


Tenho orgulho de dizer que sou filha de um homem que nunca me impediu de ralar os joelhos jogando bola na rua com os meninos. Um homem que, até hoje, ainda ponteia minhas roupas folgadas, faz uma ótima lasanha, panquecas e uma omelete com uma carinha feita com ketchup e maionese (que eu chamava de mini pizza). Minha madrasta uma vez me contou que todas as comidas deliciosas, desde massas à sobremesas, foi ele quem a ensinou a fazer. E, entre tantas famílias “tradicionais”, sinto-me privilegiada em poder compartilhar com meu pai, assim como também com minha mãe, os meus pensamentos “livres”. 


quinta-feira, 18 de julho de 2013

I have a dream


É na infância que surgem os nossos maiores e mais lindos sonhos. Sempre com aquele começo “Quando eu crescer...” e com tanta certeza de realmente ser ou fazer aquilo. E aí a gente realmente cresce, mas esquece do que queria ser e começa a pensar em coisas supostamente possíveis, nada trabalhosas ou difíceis de conquistar.

  Mas eu tenho um sonho, algo que pode sim ser possível. Imagine se pensarmos como criança? Aquela pentelha, teimosa, que quer fazer tudo, que não se conforma em ver os outros fazendo algo por ela. Uma criança que cria, que quer saber o porquê de tudo. Uma criança que sonha e busca, que planeja e que, acima de tudo, tem a certeza de que “quando crescer” será alguém. Sonho com pessoas melhores no mundo, que amam - de verdade - o próximo. Pessoas gentis, solidárias e, que ao invés de pensar sozinho, pensa coletivo. Sonho com um mundo em que haja mais pessoas felizes, sem ódio no coração. Pessoas que espalham amor por onde passam, mudando o mundo com pequenos detalhes que ao nosso ver parece tão pouco, mas que vale muito. Que haja mais tolerância quanto à coisas irrelevantes, mas, que haja "intolerância" quanto à coisas ignorantes e maldosas. Não há limites para os nossos sonhos, aprendemos isso desde pequeno. Os pessimistas odiariam ler isso. Os que se dizem "realistas" também. Por isso, o maior dos meus sonhos é este: ouvir o que eles têm a dizer, pensar sobre, mas nunca deixar de seguir os seus próprios conceitos!

Bom, você, eu, nós, já crescemos, mas ainda dá tempo de correr atrás dos nossos sonhos.


domingo, 5 de maio de 2013

As coisas que eu penso, as coisas que eu sonho, as minhas esperanças, etc e tal.



São 7h da manhã, quando preparo meu café, ainda cheia de preguiça e vontade de voltar pra cama. Corro para não perder o ônibus, como sempre, estou atrasada. Sento na cadeira mais alta, quem me conhece sabe que é o meu cantinho preferido do ônibus, às vezes alguém chega primeiro, mas tudo bem, não faz mal. A parte boa de andar de ônibus - quando este não está lotado rs - é a oportunidade de estar só, digo, você e seus pensamentos. Algumas vezes são questionamentos, outras, desejos. Penso às vezes onde estará a pessoa que, sempre nos dizem ser o "grande amor" da nossa vida. Onde está você? será que eu já esbarrei em ti alguma vez? onde eu vou te conhecer? quando vou te conhecer? por que não agora?

 Tá, esse texto não é só mais um texto falando de amor. São coisas que se embaralham na minha cabeça, formando uma ponte que me leva à várias conclusões de assuntos variados. 
 Os meus momentos solitários e o meu silêncio, não é uma simples forma de mostrar o quão "fechada" eu sou. Pelo contrário, minha mente é aberta, digo com mais intensidade, MENTE LIVRE. 

Sabe o filme "em busca da felicidade"? a cena que o will smith fala que quando não sabe a resposta ele diz "não sei", mas ele vai procurar aquela resposta, e pode ter certeza, ele vai achar. 

 Eu me perco muitas vezes em meio aos meus desejos, em meio as minhas esperanças. 
 Desejo que as pessoas sejam menos "maria vai com as outras". 
Desejo que respeitem a opinião de qualquer que seja a pessoa, evangélico, ateu, gay, etc. Até porque, o ser humano tem essa mania chata de querer mudar o "pensamento" diferente das outras pessoas, esquecendo que respeitar é diferente de aceitar. 

Minha esperança, é num mundo melhor, com mais pessoas inteligentes e menos pessoas que se acham inteligentes. Com mais pessoas que ajudam, que são gentis, e não pessoas que dão um pão a um mendigo e tiram foto pra postar no facebook (oi, fiz caridade). Tenho esperança nas mães, que ao contrário dos tempos passados, podem ensinar aos seus filhos que são iguais, independente de gênero. Tenho esperança em crianças que aproveitem sua infância tanto quanto seus avós aproveitaram, para que no futuro possam sentir falta de algo e não se arrependerem de tantas coisas que poderiam ter feito. Tenho esperança na educação, seja ela da escola ou a de casa. Tenho esperança na ética e principalmente no caráter, para que não haja tantas cenas ridículas quanto nos dias de hoje. Esperança de que as pessoas comecem a pensar que um pequeno gesto pode sim mudar o mundo. 

Até pouco tempo atrás, não sonhávamos em ser médico ou advogado, nosso sonho era ser um super-herói,  e então mudar o mundo. E como diria Renato Russo "quem roubou nossa coragem?"

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Eu não sinto falta do colégio



Como assim você sente falta da escola? se lembro bem, a maioria dos meus colegas de turma viviam chamando o colégio de “prisão”. Certo, a comparação não está lá perto de um exagero (quem dera fosse mesmo um exagero nosso), filas enormes no almoço,  filas enormes  no lanche,  gente dormindo na aula (eu), gente fugindo da sala. E agora você vem me dizer que sente falta da escola? 

Bom, eu não sinto falta da sala, nem dos professores, nem tão pouco de esperar as horas passarem e poder enfim voltar pra casa. Acho que as pessoas confundem um pouco essa nostalgia. Alguns amigos ainda me chamam pra visitar o lugar em que aprendemos que “ na faculdade não vai ser essa moleza não”.  Pra quê voltar lá? eu odiava aquele lugar, só gostava das aulas de português e geografia mesmo.  Mas vou lhes dizer o que realmente me faz falta.

Eu sempre acordava tarde, e consequentemente, chegava atrasada. Algumas vezes eu chegava cedo e todo mundo se admirava. Tinha uma tia lá fora que vendia uma empada muito gostosa. Bom, sinto falta dessa empada.

Minha sala era a mais injustiçada do colégio, falar o porquê daria um texto enorme, então deixa isso em falta. Reivindicávamos os nossos direitos sempre, a turma toda unida. É, sinto falta de me sentir uma anarquista.

Fiz poucos amigos no ensino médio, principalmente pelo fato de ter mudado de escola e cidade na metade do 2° ano, mas os poucos amigos que fiz me proporcionaram momentos de pura felicidade. A gente se entendia muito bem, eram só quatro amigos, mas valiam por cem.  E sabe esses momentos? é, sinto falta deles.

Sinto falta das pessoas, dos detalhes, não da escola. Não é mais a minha turma que tá lá, não tem mais reivindicações, deixamos tudo em ordem antes de sairmos de lá. Até a tia da empada foi embora.  Minha farda que antes era a primeira roupa da minha gaveta, agora é a ultima, uma peça que “às vezes” eu vejo no fundo da gaveta quando procuro algo. E agora, como diria Renato Russo “os meus amigos todos estão procurando emprego”, outros na faculdade, fico até feliz por eles. Não temos mais tempo pra falar sobre quem ficou com quem da escola, agora estamos vivendo aquela tal vida cheia de responsabilidades que tanto nos falavam.  


quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Poema besta


Guria guria.. desvia esse teu pensamento, manda ele lá pro japão. 
Aquieta esse teu coração, dá um basta, mostra quem realmente controla a situação. 
Guria guria.. tu sabes o que acontece depois
Trata de se cuidar desde já, pra esse desgramado coração não se ferrar.

Vê se aprende dessa vez, 
situações como esta foram várias 
será que ainda não consegues entender?
Eu sei que você sabe exatamente o que deve fazer.

Borboletas, danadas, aquietem-se já!
Mas que friozinho na barriga mais chato...
sai pra lá, sai pra lá. 

Vê se arruma alguma coisa mais interessante pra fazer, do que se iludir
é bom ter esperança, é bom sonhar... 
Mas vê se foca também em outros planos, porque em um só não dá.

Te aconselho a não contar a ninguém que estás assim, 
é chato ouvir sobre alguém que só interessa a ti.
Teu coração palpita, e tua ansiedade só aumenta.
São sentimentos ruins, ao mesmo tempo bons, quem entende?
Amor é mesmo ridículo, me fez escrever isso.

Mas cá está a maior dúvida, 
que me faz até suar frio: 
Será que algum dia, seja daqui há um ano ou mais, 
vou receber a notícia que você também sente isso, ou até bem mais?

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Alguma coisa que eu não sei o que é




No começo achei que era fome, 
até abrir a geladeira e não sentir vontade de pegar nada. 
Depois achei que fosse sono,
até deitar e nem conseguir fechar os olhos. 

Por um instante pensei que fosse solidão, 
até ignorar todo mundo que me dizia "oi" no facebook. 
Cheguei até a pensar que fosse saudade, 
mas fiquei com preguiça de procurar "a pessoa". 

Não era fome. 
Não era sono. 
Não era solidão, nem tão pouco saudade de alguém.. 
era só tédio. 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Dessa vez é pra você


Nunca tinha escrito sobre você, mesmo você sendo um leitor assíduo da minha página. Você deve ter pensado "por que não eu?". Amores passados e marcantes nos dão mais inspiração, mesmo aqueles que nos ferem. A resposta pra sua suposta dúvida é: você não marcou tanto assim. Acredito que todos que passam pela nossa vida não necessariamente marcam, mas ajudam a gente a amadurecer. Você não me ensinou nada, pelo contrário, acredito que dessa vez fui eu quem ensinou, eu te ajudei a amadurecer, eu passei pela tua vida pra marcar, e não adianta negar, é a verdade. Mas olha só, esse texto é sobre você, pra você. Satisfeito?

 Todos os meus princípios e tudo que sou hoje, não teve um pingo de você nesse meio. Sim, hoje eu sou uma mulher, digo até que completa. Fui guiada pela ilusão de que estar em par é melhor que sozinho, e não era bem isso. Status era o que me definia, e sufocava. E resumo tudo dizendo que dos muitos acertos meus, o de ter tirado pessoas irrelevantes da minha é o que eu mais me orgulho e, sinto lhe informar, você é uma delas. 

P.S: Essa é a minha resposta para suas palavras que o vento (pra minha infelicidade) me traz. Só peço uma coisa, fica só no meu passado, porque eu já tô seguindo no presente até nas coisas que eu digo "por aí".